
Nesta quarta-feira (11), a Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMEd), promoveu o primeiro Seminário Étnico-racial de Candiota: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena na Capital do Carvão.
Com as dependências do CTG Luiz Chirivino lotadas por professores e funcionários das escolas municipais, estaduais e particulares da cidade, além das autoridades municipais, o evento começou carregado por emoção com a passagem do curta-metragem “Apagados da História”, que destaca e relata a importância dos Lanceiros Negros na história do Rio Grande do Sul, e que foi elaborado por alunos da Escola Neli Betemps. Na sequência, a palavra foi repassada para as autoridades que fizeram parte da mesa, sendo elas o vice-prefeito Marcelo Gregório, secretário de Educação Michel Feijó, professor Cesar Jacinto, doutor e coordenador da Comissão de Igualdade Racial da OAB de Bagé, Luiz Alves e a professora e doutora, Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que entre as inúmeras conquistas marcadas em seu extenso currículo, tanto nacional como internacional, também consta que foi relatora do Parecer CNE/CP 3/2004 que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Em sua fala, o professor Jacinto que será o responsável pelo projeto nas escolas, reforçou que o papel dos educandários é ressignificar e contar estas histórias lindas. “Não temos medo de trabalhar e de trazer essa cultura”, afirmou ele, mencionando que ficou muito feliz quando recebeu o convite para coordenar este trabalho com os alunos.
O secretário Michel, falou da importância de tratar o assunto nas escolas. Pedindo para que todos se levantassem e aplaudissem a professora Petronilha, ele agradeceu sua presença. “Somos mais fortes, e ela é a prova disso. Muito obrigado por sua presença! Não tem dinheiro, não tem agradecimento e não tem preço pela senhora estar junto conosco no dia de hoje”, pontuou.
Encerrando as falas que antecederam as palestras, Marcelo agradeceu a presença de todos. “Que possamos interagir, discutir, avançar, mas sobretudo que as cicatrizes do passado nos lembrem o que fomos, o que passamos e aonde queremos chegar. Que sejamos sempre irmãos, verdadeiros e leais”.